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Paraná receberá 154 mil doses de hidroxicloroquina do grupo Novartis
A costura foi viabilizada pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), que é parceiro do grupo no Estado. De acordo com o protocolo do Ministério da Saúde, esse medicamento pode ser usado em pacientes com infecções graves da Covid-19.
A Secretaria de Saúde do Paraná vai receber nos próximos dias 154 mil doses de hidroxicloroquina genérica do grupo farmacêutico Novartis/Sandoz, que tem uma planta em Cambé, no Norte do Estado. O acordo foi firmado nesta segunda-feira (13) entre representantes da empresa e o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
De acordo com o protocolo do Ministério da Saúde, esse medicamento pode ser usado em pacientes com infecções graves da Covid-19 e que precisam de internamento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Por ser uma doença nova, ainda não há evidências científicas suficientes que comprovem a eficácia para casos de coronavírus. No entanto, já há estudos que demonstram o benefício do uso.
Na videoconferência com diretores da empresa, o governador destacou a importância da disponibilidade do medicamento. Ele disse que o Estado tem acompanhado as pesquisas desenvolvidas em nível local e global sobre o tema. “Segundo os relatos dos médicos, é um medicamento que apresenta resultados positivos, em especial nos casos mais graves. Obviamente seguindo os cuidados necessários e a dosagem protocolar”, afirmou Ratinho Junior.
O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, disse que o uso do medicamento no Paraná tem respeitado as orientações do Ministério da Saúde. A nota técnica do órgão, publicada no final de março, indica uso controlado nos casos urgentes. “Estamos entendendo nos protocolos das UTIs que todos estão utilizando a associação de hidroxicloroquina com azitromicina (antibiótico usado no tratamento de várias infeções bacterianas) no Estado”, acrescentou. “É uma doação importante".
As 154 mil doses são parte da primeira doação da empresa. Ela prevê impactar 100% dos pacientes internados em estado grave no Paraná nos próximos dois meses em um cenário de 13 mil internações. A costura foi viabilizada pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), que é parceiro do grupo Novartis/Sandoz no Estado.
No encontro virtual, o Governo do Estado também apresentou outras demandas para a empresa como o fortalecimento da parceria do grupo com o Tecpar para novas plantas e transferência de tecnologia, e a ampliação da oferta de outros medicamentos imunobiológicos com preços mais acessíveis ao sistema de compras do Estado.
MEDICAMENTO – A cloroquina e o seu análogo hidroxicloroquina são fármacos clinicamente indicados para o tratamento das doenças artrite reumatoide e artrite reumatoide juvenil (inflamação crônica das articulações), lúpus eritematoso sistêmico e discoide, condições dermatológicas provocadas ou agravadas pela luz solar e malária.
O protocolo do Ministério da Saúde prevê cinco dias de tratamento contra a Covid-19 e é indicado apenas para pacientes hospitalizados. De acordo com a nota técnica, a cloroquina e hidroxicloroquina podem complementar os outros suportes utilizados no tratamento do paciente no Brasil, como assistência ventilatória e medicações para os sintomas, como febre e mal-estar. Tanto a cloroquina e a hidroxicloroquina não são indicadas para prevenir a doença.
PRESENÇAS – Participaram da reunião o chefe da Casa Civil, Guto Silva; o diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado; o diretor-geral da Sandroz no Brasil, Marcelo Belapolsky; o presidente do grupo Novartis no Brasil, Renato Carvalho; o diretor de relações governamentais da Novartis Brasil, João Sanches; e outros diretores da empresa.

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